quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

QUINTO DIA: Analisando os problemas da área

O quarto dia começa com visitas bem interessantes ainda na região da Vila Ferroviária. O sincero desabafo de uma senhora frustrada pela deficiência do sistema de saúde vigente foi uma situação nova para lidarmos, pois em todas as casas  que tínhamos visitado antes, sempre éramos tratados ou com muita cordialidade ou com gentileza, mesmo quando o morador estava indiferente ao que queríamos informar. O marido, mais calmo e sereno, assim como a filha, optaram mais por ouvir.

A população falou bastante sobre como o lixo e a presença constante do trem era nociva à saúde dos moradores.


Bem perto dessa casa, praticamente ao lado, visitamos um senhor hipertenso que relatava a gravidez precoce de sua filha de apenas 16 anos. Chamou-nos a atenção a calma com que ele contava a história e a demonstração de consciência e preocupação para que ela pudesse ter um acompanhamento durante toda a gestação.

O tema gravidez continuou a nos permear por essa manhã ao conhecermos a líder comunitária da Vila Ferroviária. Bastante comunicativa, essa senhora se queixou da impaciência e alto grau de irritação que vem sofrendo da filha, também adolescente com gravidez não planejada. Ao longo da conversa, o seu genro chega, tímido, ele senta e não demonstra preocupação em cuidar de um ferimento no pé com parafuso. A agente Ana Rosa insiste que ele procure atendimento.

Ao final, mais alguns rapazes chegam e pedem preservativos a agente, que prontamente os entrega e ainda dá dicas de preservação e cuidados na hora do sexo. Um clima de descontração se instala naquele momento.

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